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Foto do escritorDr. Tiago Araújo

Bloqueio do nervo esfenopalatino: um procedimento que pode ajudar muitos pacientes com dor




No caso clínico da semana eu citei essa técnica para alívio da dor em um paciente com cefaleia crônica. (Perdeu o caso? Clique aqui e confira !)


Pois bem, em primeiro lugar, o que é gânglio esfenopalatino (gânglio de Meckel) ?

Sabe aquela dor que da quando tomamos algo muito gelado? Pois é esse gânglio que da o sinal a sensação de “cérebro congelado”!

Ele é um gânglio (aglomerado de corpos celulares de neurônios) rico em conexões, principalmente com o nervo facial, e comumente envolvido em cefaleias e dores faciais. (ele é o maior gânglio parassimpático associado ao nervo facial!)

Sua localização fica entre o osso esferoide e a maxila; conseguimos acessá-lo facilmente por uma técnica intranasal. Com isso podemos anestesiar esse gânglio e atuar no sinal da dor.

Esse tratamento é fácil e pouco invasivo (não envolve agulhadas, apenas a colocação de um “cotonete” dentro do nariz, profundamente, até encostar no gânglio).





O bloqueio tem sido relatado na literatura médica como eficaz em crises agudas de cefaleia em salvas, enxaquecas, cefaleia pós raqui e dores faciais.

Além disso inúmeros estudos mostram seu uso em paciente com dores crônicas de difícil tratamento; neste caso o bloqueio do gânglio atua como um “reset” ao mecanismo de dor, permitindo com que outras estratégias medicamentosas funcionem de maneira mais eficaz.

Importante frisar que nem todos os tipos de dor de cabeça possuem conexão com esse mecanismo do gânglio esfenopalatino; ou seja, nem todos os pacientes respondem a esse tratamento! Muito importante consultar um especialista e avaliar se o seu tipo de dor pode ou não responder ao bloqueio.

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