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A síndrome do pânico
Você está bem, trabalhando, estudando, assistindo um filme e, de repente, vem uma sensação forte de medo, angústia, palpitações, falta de ar, formigamentos pelo corpo, tontura; você sente que algo ruim irá acontecer ou até mesmo tem a sensação que irá morrer. Após correr a um pronto-socorro seus exames vem todos normais: sangue, eletrocardiograma.. o médico de plantão lhe diz: você teve uma crise de ansiedade. As crises costumam durar minutos (5-10) mas em alguns casos podem levar horas até melhorar.
Situações como as descritas acima são, infelizmente, muito comuns. Segundo dados nacionais, uma a cada dez pessoas pode apresentar uma crise de pânico sem nenhuma causa aparente.
É importante ter em mente que para podermos afirmar que a pessoa tem a síndrome do pânico é, antes de tudo, necessário descartar outras doenças. Consultar um médico, fazer exames cardíacos, exames de sangue, dentre outros, é importante para termos certeza que está tudo bem. Claro que durante a consulta, baseado nos seus sintomas, o bom médico já irá suspeitar que tudo se trate de ansiedade e pânico; muitas vezes já podemos começar o tratamento na primeira consulta.
Mas porque eu tenho pânico?
Embora ainda não sabemos a causa exata da síndrome do pânico, várias hipóteses existem. O que sabemos é que dentro do cérebro da pessoa com ansiedade existe uma série de alterações bioquímicas (neurotransmissores); essas alterações causam o aumento da ansiedade e a chance de termos as crises. A questão genética existe, ou seja, alguns de nós tem a predisposição a ter este problema. Junta-se esta predisposição a fatores-gatilho ( brigas, problemas de relacionamento, cobrança no trabalho, desgaste familiar ) e podemos ter o início da doença.
Sabemos que mulheres tem o dobro de chance de ter crises de pânico; possivelmente questões hormonais e alterações no cérebro das mulheres sejam as responsáveis por essa chance aumentada.
Comorbidades como depressão, história de traumas e abusos, também são muito comuns em pacientes com síndrome do Pânico.
E como eu faço para melhorar?
Primeiro e mais importante: busque ajuda. Ficar em casa achando que as coisas vão melhorar só tende a agravar cada vez mais o problema. Procure um médico de sua confiança e que seja qualificado para tratar este problema.
Confie no seu médico. É muito comum pessoas com este problema procurarem três, quatro ou até mais médicos por acreditarem que existe algo errado acontecendo. Veja: achar que existe algo errado no seu coração ou no seu corpo faz parte da síndrome do Pânico. Portanto escolha um bom médico e siga com ele; a boa relação entre médico e paciente é fundamental para tratar este problema.
Medicações muitas vezes serão necessárias para iniciarmos o tratamento. É comum usarmos medicações antidepressivas e ansiolíticas, principalmente na fase mais grave em que precisamos controlar as crises. Lembre-se que as crises são desencadeadas por alterações de neurotransmissores que temos dentro de nosso cérebro e, portanto, as medicações precisam ajudar tudo a voltar ao normal.
Psicoterapia é uma palavra-chave no sucesso do tratamento. Entender o que está acontecendo conosco, aceitar e aprender a lidar com isso são caminhos muito importantes para evitarmos recidivas. A terapia também pode trabalhar maneiras de nos comportar na hora que a crise acontece; desta forma vamos , aos poucos, aprendendo a dominar nossas próprias emoções.
Quem for de Curitiba e região fico a disposição para enfrentar essa doença. Gosto de lembrar meus pacientes, mais uma vez, desse "casamento" entre terapia e medicação. Eu trabalho desta forma e vejo os resultados melhores do que usar somente medicação.
Se você quer saber mais sobre o tratamento médico associado a terapia, clique aqui.
Dr. Tiago Araújo, médico neurologista em Curitiba.
Principais sintomas da crise de ansiedade (pânico)
Taquicardia ( aceleramento no peito )
Falta de ar
Dor no peito
Formigamentos pelo corpo
Tremores
Tontura e desmaio
Angústia
Ansiedade e desespero
Medo de morrer